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terça-feira, 7 de julho de 2015

Uma parte da vida de Criolo Doido

No início do ano passado Criolo começou a traçar objetivos diferentes para ir além do que fazia havia duas décadas. Um pouco cansado da presença dentro do rap, queria experimentar novos ritmos, mas com consciência: tudo o que fez pelo movimento hip-hop não foi pouco. Quem é frequentador da cena do rap em São Paulo deve ter visitado alguma batalha de rimas e conferido a apresentação empolgante deCriolo, que ainda assinava Criolo Doido. Ora com chapéu de mexicano, ora distribuindo salgadinhos de menos de R$ 1 para quem fizesse a melhor rima da noite, Kleber Cavalcante Gomes sempre foi o cara no qual muitos rimadores novatos se espelharam.
Este ano, Criolo realizou seu sonho e lançou seu primeiro álbum, Nó na Orelha, produzido por Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, e considerado um dos melhores do ano. As faixas, também prensadas em vinil, misturam samba, soul, reggae­, rap e música brega. Mas o disco do criador da famosa Rinha dos MCs não saiu de uma gravadora, e sim de uma casa efervescente de cultura instalada no centro de São Paulo, a Matilha Cultural.
O responsável pelo feito prefere não se identificar e deixar as luzes da ribalta voltadas para o artista. “É um amigo que me disse que tinha condição de fazer um registro de tudo isso, uma pessoa com desejo de contribuir para a cultura brasileira”, explica Criolo, que ralou muito, antes de cair na boca do povo e nas páginas dos jornais.
“Fui professor da rede pública, trabalhei por oito anos com crianças em situação de rua, vendi cocada que eu mesmo fazia, fiz muita coisa.” E, mesmo sem nunca ter feito aula de canto na vida, cantou muito, rimou, gravou o DVD Criolo Doido Live in SP, em 2010. E assim fez muitos olhos se voltarem para o “outro lado da ponte”, nas regiões mais periféricas da zona sul, onde lajes de casas simples e amontoadas formam o “triplex” onde ele foi criado.
É difícil não enxergar nele a continuidade do trabalho feito pelo rapper­ Sabotage, assassinado em janeiro de 2003. Ao contrário do estereótipo criado sobre artistas do hip-hop – por causa das letras de protesto, violência e assuntos afins –, Criolo expressa muito amor e dor, apesar de o tráfico de drogas também estar presente em Nó na Orelha. “Todos nós temos momentos difíceis na vida e procuramos crescer, tirar alguma lição. Somos humanos, é naturaldemonstrar a dor, esticar a mão para ver se alguém estende também”, diz.
O artista vive música e pensa rap ininterruptamente. E não chama isso de sucesso. Acha natural estar há 23 anos no mundo artístico e finalmente seu trabalho vir à tona. “Nunca deixei de fazer canções com meu coração. Sou intérpretede mim mesmo.”
O hit do álbum mostra isso: “Não existe amor em SP/ Os bares estão cheios de almas tão vazias/ A ganância vibra, a vaidade excita/ Devolva a minha vida/ E morra afogada em seu próprio mar de fel/ Aqui ninguém vai pro céu”. Não existe amor em São Paulo? “Depende da São Paulo que existe dentro de cada um e o que essa São Paulo faz com cada um”, conclui.

Afro X - História de vida e lançamento de seu livro

O rapper Afro-X lançou o livro "Ex-157, a História que a mídia desconhece". A obra foi prefaciada por nomes como Caco Barcellos. Nesta autobiografia ele conta como entrou e saiu do crime e como essa vida não compensa, seu intuito é levar este aprendizado a todos, principalmente aos jovens em situação de risco. "Aprendi que o crime não compensa, que no final você é preso, morto ou acaba em uma cadeira de rodas."
Durante o evento será realizado um debate sobre a violência com a presença do jornalista e repórter do Estadão, Bruno Paes Manso, e do advogado membro do movimento nacional dos Direitos humanos e presidente da Fundação Criança em São Bernardo, Ariel de Castro.
Também está previsto um pocket show com cinco músicas, entre elas a que dá nome ao livro. O evento começa às 19h30.
O livro
Na autobiografia, o cantor conta como entrou e saiu da vida do crime. Dos iniciais roubos de motos para
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sair do sufoco da falta de dinheiro até a ambição de todo bandido de “fazer a boa”, Cristian de Souza Augusto conheceu os dois lados da vida bandida.
A adrenalina de viver num filme policial todos os dias, o dinheiro fácil, as roupas caras, os carros de última geração e as mulheres, muitas mulheres nas garupas das motos o transformaram, por algum tempo, em quase um rei, no Jardim Calux, em São Bernardo. A ambição, os desafetos e a relação promíscua com policiais levaram o jovem pela primeira vez – em novembro de 1994 – para trás das grades. Depois, veio a fuga e outra prisão que o levou para o então maior complexo penitenciário do Brasil.
No relato em primeira pessoa, Afro-X relembra momentos que marcaram sua vida dentro e fora da cadeia. O reencontro com Dexter no Carandiru, os dias de acerto de contas, o encantamento pelo rap e a formação do 509-E em 1999. O envolvimento com a cantora Simony, as 24 horas de angústia dentro da maior rebelião da história, em 2001. O alívio em colocar os pés na rua após 7,5 anos de reclusão e o recomeço quase do zero.
Seria pretensão analisar o sistema carcerário ou todos os fatores que levam a criminalidade. Por isso, Cristian preferiu contar apenas a história de mais um jovem que, ao contrário de todas as estatísticas, aprendeu que o crime constrói apenas castelos de areia.

Afro-X

Afro-X nasceu Cristian de Souza Augusto, em 10 de novembro de 1973. De família humilde, residente do Jardim Calux, em São Bernardo, teve origem parecida com a de milhares de pessoas nascidas em periferias brasileiras. Uma realidade pobre e marginalizada, porém com muita vontade de lutar e vencer na vida.
Naquele contexto, Afro-X habituou-se às rodas de samba de pagodes de mesa entoados pelos botecos e quintais do bairro do ABC Paulista. Mais tarde, conheceu os bailes blacks da década de 1980, onde teve contato com o funk, o samba-rock e o soul. Mas a sua formação musical deu uma reviravolta quando um amigo mostrou um vinil do grupo nova-iorquino Public Enemy. Aquilo inspirou Afro-X a montar, em 1990, seu primeiro trabalho com rap: os Suburbanos, onde atuava ao lado do irmão, Bad, hoje vocalista dos grupos Di Função e Tribunal Popular. Em 2005, Afro-X partiu para sua carreira solo.

Uma parte da biografia do Eterno Sabotage

Sabotage (1973-2003) foi um rapper, compositor e ator brasileiro. Foi o personagem Fuinha do filme Carandiru.
Sabotage, nome artístico de Mauro Mateus dos Santos, nasceu na zona sul de São Paulo, no dia o3 de abril de 1973. Ainda jovem envolveu-se com o crime e o tráfico de drogas, na favela do Canão. Durante sua adolescência foi interno da antiga FEBEM.
O gosto pela música surgiu desde pequeno, quando andava com um caderno para escrever suas músicas. Entre os anos de 1988 e 1989 se inscreveu em concursos de rap. Participando de shows do grupo RZO (Rapaziada Zona Oeste), e após a gravação de vários clipes, Sabotage começou a se destacar no mundo da música. Em 2000 Sabotage gravou seu primeiro e único álbum de estúdio, “Rap é Compromisso”.
Sabotage atuou em dois filmes, “O Invasor”, onde participou da trilha sonora com cinco músicas, serviu de consultor sobre a cultura da periferia e atuou como ele mesmo. No filme “Carandiru”, Sabotage interpretou o personagem “Fuinha” e gravou uma das músicas da trilha sonora. Em 2002 recebeu o prêmio Hutúz (prêmio do hip hop brasileiro) na categoria revelação.
No dia 24 de janeiro de 2003, Sabotage foi assassinado com quatro tiros pelas costas, apesar de sua família afirmar que Sabotage estava longe da bandidagem a mais de dez anos. O rapper deixou mulher e três filhos. 
Via: Pensador UOL

Biografia do rapper GOG

Genival Oliveira Gonçalves, mais conhecido como GOG, é um cantor de rap brasileiro, nasceu na cidade satélite de Sobradinho no Distrito Federal no ano de 1965, 15 dias depois da chegada dos seus pais à Brasília. É o segundo de uma família de quatro irmãos.

Foi um dos pioneiros do movimento rap em Brasília. Desde o início da carreira, ganhou a alcunha de Poeta. Seu mais recente trabalho é o DVD Cartão Postal Bomba!, lançado em fevereiro de 2009. Seu primeiro disco de carreira foi gravado no ano de 1992.

Em 1973 muda-se para o Guará, Cidade Satélite de Brasília onde reside até 1991. Essa cidade será o cenário de acontecimentos que irão transformar sua vida: futebol, convívio com os primos mais velhos amantes da black music, os vinis e o toca-discos de seu pai, assim como a formação do Grupo de Dança "Magrello's Pop Funk", que daria origem ao grupo de rap "Os Magrello's, além da iniciação no break, a chegada ao rap e, consequentemnente, a faculdade.

Ainda na adolescência, assiste a transição da ditadura para o regime democrático, o ressurgimento do MST, ascendência do PT e de outros movimentos sociais de base, bem como o retorno de exilados políticos e o fim da censura midiática. Paralelo a esse cenário, a época do soul, do funk, das quadras e dos salões lotados também cresciam e se desenvolviam. Contemporaneamente o break se faz conhecido internacionalmente e, nas periferias brasileiras a palavra do momento era "Hip Hop".

Muito próximo a essa mudança histórica, ideologias e acontecimentos, incluindo a queda do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria, o Hip Hop Brasileiro vai gerando a fermentação cultural necessária para aprimorar-se e constituir um estilo nacional e autêntico. Grupos como Thaíde e DJ Hum e Racionais Mc's arrebataram multidões com seus discursos e ritmos, apontando um novo rumo à juventude do Hip-Hop das periferias brasileiras.

No final dos anos 80, em Brasília, o Movimento Hip-Hop vem crescendo, mesmo independente de outros estados. Genival adota o pseudônimo GOG e inicia sua carreira artística. A dupla paulista "Thaíde e DJ Hum" se apresenta no Distrito Federal pela primeira vez e inicia-se um intercâmbio entre os estados.

No ano de 1990, GOG recebe o convite do DJ Leandronik para participar da coletânea "Rap Ataca", do selo Kaskata's, e grava a música "A Vida", o que seria sua primeira gravação oficial.

Em 1992, GOG em parceria com o selo de rap Discovery lança o compilado "Peso Pesado" e seu nome passa a ser projeto pelo país.

Em 1993 GOG lança o selo independente "Só Balanço", para apresentar seus trabalhos e dar oportunidades a novos talentos, diante das dificuldades enfrentadas pelo mercado musical. O primeiro projeto foi o LP "Vamos Apagá-los... Com o Nosso Raciocínio", de sua autoria.

A "Só Balanço" a partir do ano de 1996 se torna loja de discos e mais tarde estúdio de gravação, dentro do projeto de auto-gestão, objetivo principal de sua criação. Por todo o Brasil, acontecem apresentações e suas músicas são executadas nas rádios, inclusive nas comunitárias. Suas idéias e letras se propagam, sendo GOG chamado de "Poeta do Rap Nacional".

De 1994 a 2OOO são lançados mais quatro discos: "Dia-a-Dia da Periferia", "Prepare-se!", "Das Trevas à Luz" e "CPI da Favela". Várias músicas desses álbuns foram divulgadas nas periferias do Brasil. Gog também gravou videoclipes, no caso das versões de "Periferia Segue Sangrando" e "Matemática na Prática", onde recebe o "Prêmio Porte Ilegal" como melhor letrista do rap do país.

Em 1999 a "Só Balanço" lança "GOG Convida", sendo a primeira coletânea de rap do Distrito Federal, e "Familia G.O.G - Fábrica da Vida" com proposta de ceder espaços para novos artistas, com intuito de fortalecer a continuidade do Movimento Hip-Hop na cidade. Surgem os grupos A Família e Viela 17.

O próximo álbum, "Tarja Preta" é lançado em 2004 e recebe o "Prêmio Hutúz" de melhor disco do ano.

Em 2005, Gog é convidado pela banda de reggae Natiruts a participar no CD "Nossa Missão". GOG e Alexandre, apresentam ao público a comentada faixa "Quem Planta o Preconceito?", com vídeo clipe também lançado. A parceria continuará em 2008 no novo CD do grupo "A Família".

Em 2006, Gog participa do "Acústico MTV-Lenine". Ele apresenta-se ao lado do artista da MPB interpretando a faixa "Eu e Lenine (A Ponte)". Nesse mesmo ano, Gog grava o CD "Aviso às Gerações" que traz participações do cantador Rapadura e de Lindomar 3L, ambos aclamados pela mídia como duas novas revelações do Hip Hop nacional. Ainda em 2006, Gog é convidado por KL Jay para participar da gravação do CD "Rotação 33, Fita Mixada".

Em 2007, Gog grava seu primeiro DVD - "Cartão Postal Bomba!" cujo lançamento para 2009. Destacam-se as participações de Lenine, Maria Rita, Gerson King Combo, Paulo Diniz, Mascoty, Isaías Jr, Nego Dé, entre outros. O formato da apresentação é inovador: Gog grava vários de seus hits acompanhado pela banda "MPB Black" composta por Angel Duarte(Baixo), Paulinho (Bateria), Bruno (Guitarra Solo), Ariel Feitosa (Guitarra Base), Richelme Oliveira (Percussão), Ted (Teclados), Ellen Oléria, Indiana Nomma e Kiko Santana (Violões e Backing Vocals).

Nesse mesmo ano, é gravado o vídeo clipe da faixa "Cavalo Sem Dono Selvagem" do CD "Aviso às Gerações" com participação de "Zumbi Rei". O cenário escolhido foi Diamantina, nas Minas Gerais. O objetivo era reencontrar o Hip Hop pelo interior do país.

Gog recebe os prêmios "Hutúz" (quatro categorias) pelo CD "Aviso às Gerações" e "Dom Quixote de La Perifa" que, segundo a Cooperifa "... é uma homenagem a umas cem pessoas importantes da periferia, e pessoas que ajudam a periferia a se transformar em um lugar melhor para viver".

Em dezembro de 2007, lança o CD "ao Vivo do DVD - Cartão Postal Bomba!". O lançamento é feito com exclusividade pela internet através do site www.gograpnacional.com.br. Gog apresenta uma nova proposta de negociação, divulgação, distribuição, reforçando assim, a interação com o seu público e toda comunidade, promovendo o discurso conceitual da auto-gestão para debate.

A aproximação com a literatura marginal e os movimentos culturais são essenciais para a sobrevivência do texto e do teor evolutivo do Hip Hop, segundo Gog, que estreita alianças com vários ativistas: Sérgio Vaz, Cooperifa, Férrez, 1daSul, Nelson Maka, Coletivo Blackitude, Alessandro Buzo, Suburbano Convicto e Sacolinha Graduado, entre vários outros. Os movimentos sociais também se aproximam, como MST, MSTL, Ação Educativa passam a ser parceiros de seu trabalho.

O "Poeta" prepara o lançamento do seu primeiro livro previsto para agosto de 2009.

Discografia

Álbuns

* 1992 - Peso Pesado
* 1993 - Vamos Apagá-los com Nosso Raciocínio
* 1994 - Dia-a-Dia da Periferia
* 1996 - Prepare-se
* 1997 - GOG Convida (Coletânea)
* 1998 - Das Trevas à Luz
* 2002 - CPI da Favela
* 2004 - Tarja Preta Pt. 1,Pt. 2
* 2006 - Aviso às Gerações
* 2008 - Cartão Postal Bomba!


Videografia

DVDs

* 2009 - Cartão Postal Bomba!

Prêmios

* 2004 - Prêmio Hutúz Com o CD "Tarja Preta" recebe o premio de melhor disco do ano.
* 2007 - Prêmio Hutúz (4 categorias) pelo CD "Aviso às Gerações" e "Dom Quixote de La Perifa"
* 2008 - Prêmio Hutúz Melhor Videoclipe com "Brasil com P

Via: Noticiário Periférico 

Biografia do rapper MV Bill

Nascido Alex Pereira Barbosa, MV Bill cruzou há muitos anos o limite que o definia como rapper. Cineasta, ativista, autor, compositor e produtor, o Mensageiro da Verdade lança agora seu mais novo clipe, “O Soldado que Fica”, colocando mais uma vez o dedo na ferida da sociedade para falar das ocupações policiais nas favelas do Rio de Janeiro. A história de um homem que é deixado para trás para morrer em um confronto com policiais é contada por Bill com a ajuda do diretor Toddy Ivon, um dos mais novos talentos do videoclipe no cenário rap brasileiro (leia entrevista aqui).
O carioca co-criador ca Central Única das Favelas (CUFA) se prepara para lançar disco novo no ano que vem, um EP de oito músicas que ainda não tem nome, mas que sai de forma independente trazendo novas faixas deste que é hoje um dos mais influentes artistas do rap brasileiro.
Artista independente de alta quilometragem, Bill sabe muito bem como transmitir sua mensagem nos grandes meios de comunicação. O rapper é hoje o apresentador do programa O Bagulho é Doido, que vai ao ar semanalmente no Canal Brasil trazendo entrevistas com personagens que tem tudo a ver com as periferias do país.
Para comemorar o lançamento do clipe, batemos um papo com Bill para falar do novo disco, o processo de gravação do clipe, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e o futuro da segurança nas favelas cariocas.
Em que momento você teve a inspiração para escrever a letra de “O Soldado que Fica”?
A inspiração aconteceu há três anos e pouco atrás, quando a Cidade de Deus recebeu a sua Unidade de Policiamento Pacificador (UPP). A CDD foi a segunda comunidade do Rio a ter uma UPP instalada. Nós sabemos que dentro dessas operações não se prende muita gente; muitos fogem, mas alguém precisa ficar pra manter o trabalho e para garantir a fuga dos chefes. Foi nesse momento que comecei a pensar nessa história que virou “O Soldado que Fica”.
"Dentro dessas operações [nas favelas] não se prende muita gente, muitos fogem; mas alguém precisa ficar pra manter o trabalho e para garantir a fuga dos chefes. Foi nesse momento que comecei a pensar nessa história que virou 'O Soldado que Fica'."
De lá pra cá você ficou conhecendo algum caso específico que ajudou a moldar a ideia da música?
São várias histórias. Na verdade isso é até conteúdo repetido. Eu particularmente nem gostaria de ter que voltar a esse tema. Achei que já tivesse matado essas ideias com “Soldado do Morro” e “Soldado Morto”, mas percebi que tinha essa continuidade na figura do cara que fica para garantir a fuga do resto da quadrilha. E esse cara que fica, na maioria das vezes, fica para morrer. Ali ele não tem mais como retroceder. A fuga dele é só a morte.
Foto: Camila Cunha/indicefoto.com
MV Bill e Toddy Ivon
MV Bill e Toddy Ivon
Como rolou essa parceria do clipe com o diretor Toddy Ivon?
Conheci o trabalho dele antes de conhecê-lo. Eu queria dar uma cara bem apresentável para esse trabalho novo e sei que uma produção audiovisual bem feita pode fazer isso muito bem. O Toddy foi o cara que começou a dar um banho de qualidade nos videoclipes nacionais de rap, mesmo sem, até o dia que eu o conheci, ter feito nehum clipe para os grandes nomes do estilo. Mas mesmo assim dava pra sentir a qualidade dos vídeos dele. O trabalho que ele imprime na música das pessoas é de uma qualidade de gente grande. Foi isso que me fez querer trabalhar com ele. Fora que ele é um cara fantástico. Ele é gente boa pra caralho. A parceria deu tão tão certo que nós já estamos estudando a ideia de fazer mais quatro clipes do disco novo.
Como foi a criação do roteiro?
Quem trabalha comigo tem liberdade para criar. Eu não sou ditador nessa questão. Estudamos juntos um roteiro ao qual o Toddy deu uma visão bem cinematográfica mesmo, com questões abstratas que funcionaram muito bem na gravação. Se fosse pra ter só minhas ideias eu chamava um pessoal da CUFA para gravar comigo e pronto. Mas o que eu queria eram novas ideias dentro de um conceito pronto e o Toddy trouxe tudo isso e muito mais. Foi uma colaboração impecável.
"As UPPs são uma iniciativa necessária e importante. Mas estão longe de serem capazes de resolver todos os problemas das favelas"
Como foram as gravações? As pessoas das comunidades participaram?
A gente gravou na Comunidade dos Fogueteiros, que fica na região central do Rio de Janeiro. Quando eu levei a ideia para os moradores fui extremamente bem recebido. Quando cheguei lá e andei durante o dia eu percebi uma comunidade diferenciada, especialmente porque na maioria das favelas da cidade não tem mais espaço para construir nada, o que não acontece nesse lugar. Lá ainda há muito espaço e isso me chamou bastante a atenção. E o envolvimento da comunidade na gravação foi perfeito. Tivemos casa pra usar de camarim, casa pra filmar dentro, água para o elenco, sombra quando choveu... Então foi muito bacana.
Como os moradores das comunidades pacificadas estão lidando com as UPPs e com o número crescente de turistas que está indo visitar as favelas?
As UPPs são uma iniciativa necessária e importante. Mas elas estão longe de serem capazes de resolver todos os problemas das favelas, seja pela postura dos próprios policiais, seja pela adaptação dos próprios moradores das comunidades, que por muito tempo tiveram relações muito hostis com a polícia. Ainda rola muita disputa dos comandos da própria polícia do Rio nas favelas pacificadas e ainda rola disputa com os comandos do tráfico. Tudo isso em uma mesma engrenagem que não é tão simples assim de se resolver. As UPPs são importantes sim, mas ainda estão longe de solucionar o verdadeiro problema. As comunidades já ocupadas, hoje, estão passando por uma sensação de alívio. O número de homicídios caiu, assim como o número de prisões e apreensões nas favelas. Mas para trazer o progresso e a paz para aquele local nós precisamos de mais coisas além do braço policial da cidade.
Mesmo porque não adianta você levar só a segurança para lá e dizer que isso é o Estado na favela. Ainda faltam construir hospitais, postos de saúde, escolas... 
A segurança precisa sim ser um dos braços do Estado dentro das favelas, mas não pode ser o único. Em algumas UPPs já tem até alguns policiais muito cheios de boa vontade que tentam fazer o serviço de assistentes sociais, fazendo recreação com as crianças e coisas assim. Claro que é muito legal ver essa boa vontade acontecendo, mas esse não é o papel deles. Esse é o papel de um recreador. O que as pessoas precisam é de outras secretarias que não a de segurança entrando com o mesmo vigor da polícia nas favelas do Rio. É aí que a gente começa a pensar em pacificação de fato. Do contrário é só ocupação.
Com a onda de pacificações, como você acha que o Rio de Janeiro estará daqui há 10 anos?
Entrevistei o Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, há um tempo. Ele me disse uma coisa que me deixou preocupado. Segundo ele mesmo, as UPPs tem futuro incerto no Rio de Janeiro. Ele vai se aposentar em breve e diz não saber se seus sucessores vão ou não dar continuidade à política que ele criou. Então ainda não dá pra pensar a longo prazo. Temos é que pensar com as possibilidades que nós temos nesse momento. Mas ainda que as UPPs fossem as soluções, aqui no Rio estamos inaugurando ainda a 23ª UPP em uma cidade onde há 790 favelas. Então os primeiros passos já foram dados. E foram passos importantes. Mas ainda não dá para fazer previsões de uma década em uma situação como essa.
"O que as pessoas precisam é de outras secretarias que não a de segurança entrando com o mesmo vigor da polícia nas favelas do Rio. É aí que a gente começa a pensar em pacificação de fato. Do contrário é só ocupação"
Queria que você falasse também um pouco sobre a CUFA. Como foi que você se envolveu com o ativismo propriamente dito?Hoje eu já não faço mais parte dos quadros da CUFA e não tenho mais cargo lá dentro. Mas a CUFA foi uma instituição que eu ajudei a criar e que utilizava-se muito do discurso do hip hop: falar de mudança, de injustiça social e de preconceitos. Foi ela que me deu a oportunidade de praticar tudo aquilo que eu discursava. Começamos no Rio e logo ganhamos braços, crescemos e hoje estamos em 27 estados caminhando com as próprias pernas.
As UPPs mudaram em alguma coisa o trabalho da CUFA? É mais fácil trabalhar em uma comunidade pacificada do que em uma não-ocupada?
Para a CUFA não faz diferença: qualquer comunidade que precisar dos talentos da organização e onde for possível distribuir benefícios ou instalar um braço, ela estará presente. Não rola nenhuma distinção de comunidades por ocupação e muito menos por facção. A CUFA não se fecha: faz críticas mas também se abre à discussão sobre aquilo que nós estamos denunciando. O papel da CUFA é criar pontes por onde possam passar as possibilidades, seja em favelas com ou sem ocupação
"O Soldado que Fica" estará no seu próximo disco. Como está a preparação pra esse lançamento e quais as temáticas que serão abordadas?
O disco está pronto, exceto por três músicas que ainda estão sendo masterizadas. Será meu segundo disco independente e um que eu tive um bom tempo para elaborar. Ele vai sair como um EP de oito faixas, então estou dando a atenção toda que eu daria a um disco de 16 músicas para a metade delas. Então atenção redobrada dessa vez [risos].
"A globalização está fazendo com que as pessoas se sintam cada vez mais inseridas, embora ainda tenha muita exclusão. Um muro não impede mais que alguém do Capão Redondo invada o Morumbi de forma virtual. Um muro não causa mais essa separação."
Você sempre foi um cara muito ligado na internet, mas ainda assim é um figura que já passou muito pela televisão. Como você vê a importância de aparecer na grande mídia?
Sou um dos poucos caras do rap que fez essa transição completa: que já fui artista de gravadora e que hoje lanço discos de forma totalmente independente utilizando a internet como ferramenta de divulgação do meu trabalho. Tenho visto com bons olhos a cena atual e seu crescimento, mas os espaços ainda continuam meio escassos em todo o Brasil. Eu sou de uma cidade que não tem características de hip hop. Minhas músicas não tocam no rádio e meus videoclipes não passam mais na MTV e nem nas outras emissoras. Então foi a internet que me fez encontrar as pessoas que querem ouvir meu som. Então eu acho que, mesmo tendo espaço nos programas de TV e tendo meu próprio programa na TV à cabo, não dá para largar a internet. Hoje as carreiras dos músicos precisam dela. É uma questão de convergência.
Falando nisso, como a expansão do acesso à internet nas favelas mudou o fluxo de informação nas comunidades?
Mudou de uma forma muito drástica. Antes era necessário esperar o noticiário principal entrar a noite para que todo mundo tivesse a informação nas comunidades. Hoje não. Com a internet nas favelas, hoje só não fica informado quem não quiser. Hoje os furos de reportagem vem primeiro nas redes sociais, depois na grande mídia. A globalização está fazendo com que as pessoas se sintam cada vez mais inseridas, embora ainda tenha muita exclusão. Mas um muro não impede mais que alguém do Capão Redondo invada o Morumbi de forma virtual, por exemplo. Um muro não causa mais essa separação.

Via:Revista Trip/UOL

“Entre a luz e a sombra” conta história de Afro-X e Dexter

"Entre a Luz e a Sombra" narra a história da dupla de rap 509-E, formada nas celas da extinta Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo. Marcos e Christian, que cresceram juntos na periferia de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, voltam a se encontrar na cela 509-E do Carandiru.
Incentivada por Sophia, atriz de classe média que largou a profissão para dedicar-se à reabilitação de encarcerados, a dupla consegue gravar o primeiro CD e, com ajuda de um juiz que só aceita um “método humanista, humanitário e pacifista”, ganha autorizações para sair do presídio e realizar shows.
Marcos e Christian, agora Dexter e Afro-X, angariam espaço no mundo do rap e se tornam exemplos para quem busca reabilitação. As primeiras cenas dão espaço para que os dois presidiários contem suas respectivas histórias, o porquê de entrar no crime e como sair dele.
A diretora Luciana Burlamaqui achava que seus dias de convivência com Dexter, Afro-X e Sophia acabaria por ali, depois de umas poucas semanas. Foram necessários outros sete anos. Com mais dois e meio na ilha de edição, "Entre a Luz e a Sombra" finalmente está pronto para estrear no Brasil. O filme chega às telas em 27 de novembro com um belo cartão de visitas, o Prêmio do Público de Melhor Documentário e Menção Especial do Júri no Festival de Cinemas e Culturas da América Latina de Biarritz, na França.
O filme tem força e um rico material nas mãos: a história de pessoas que, dentro do presídio, encontraram um novo caminho. Relatos de reabilitação chovem no Brasil em que faltam oportunidades, mas debruçar-se sobre um deles durante sete anos é uma atitude corajosa que resultou em uma daquelas produções que não são de fácil digestão, que fazem o espectador refletir.
Um dos pontos altos do documentário é o embate entre a dupla e o deputado estadual por São Paulo Conte Lopes, policial militar famoso pela linha dura e inimigo dos organismos de defesa dos direitos humanos. O encontro no programa "Altas Horas", da TV Globo, deveria debater a pena de morte, mas não chega nem à beira disso.
“O senhor acha que porque tem uma carteirinha de policial nas mãos tem o direito de matar?” é uma das acusações proferidas pela dupla contra o parlamentar, que reage aos gritos. O apresentador Serginho Groisman, antevendo o momento em que se chegaria à violência física, interrompe o debate, que acaba com aplausos da plateia para o 509-E.

A escolha desta cena é, certamente, muito feliz. De alguma maneira, a dupla dialoga com aquele espectador que, até o momento, movia-se inquieto na poltrona, incomodado por ver dois presos que expõem mazelas da sociedade.

Sequências

A personalidade forte de Dexter trata de impor-se na primeira parte do filme, em que o cantor conquista protagonismo. É o momento em que ele está em um relacionamento afetivo com a atriz Sophia, que vira uma espécie de empresária e protetora da dupla. É ela quem marca os shows e quem trava batalhas jurídicas em busca da autorização para que a dupla possa fazer espetáculos.
É também a personalidade de Dexter que aparece como responsável por dar fim ao sonho. A briga dele com Sophia, que começa a caminho de um show e termina uma semana depois, leva não apenas ao fim da parceria. Daquele momento em diante, uma série de fatores faz com que o filme tome outro rumo.
Por pressão do deputado Conte Lopes e de altas autoridades judiciárias, as saídas da dupla para a realização de shows fica cada vez mais difícil. Além disso, Afro-X estava claramente incomodado por não ter tanta evidência quanto Dexter, e a relação dos dois entra na descendente.
O filme circula pelos bastidores das vidas da dupla e de Sophia, que deixa o trabalho com detentos depois de 20 anos e resolve passar uns tempos fora do Brasil.
Neste momento, entra em cena um juiz da Corregedoria dos Presídios de São Paulo, que é na verdade a lúcida amarração do filme. É uma rara aparição da Justiça preocupada com a reabilitação dos presidiários. Cabe a ele o título do filme ao dizer que a vida das classes médias e altas brasileiras é a “luz”, ou seja, o conforto, as oportunidades. Por outro lado, a “sombra” é a falta de oportunidades, o desalento perante à vida. No momento em que se estava fazendo evidente a existência do Primeiro Comando da Capital (PCC), o juiz declara: “A sombra veio para dizer: eu existo”.
Os anos se passam, Afro-X é libertado, Dexter não. A dupla, que já não estava em seus melhores momentos, vai se enfraquecendo até chegar ao fim. Dexter, rodando de presídio em presídio, desaparece do filme.
Quando parece que as tramas estão resolvidas, a diretora dá novo rumo à produção. Em alguns momentos, estende-se demais em certas cenas. Algo compreensível para quem reuniu sete anos de material em duas horas e meia. Para o espectador, fica o fato de que em alguns momentos o documentário prolonga-se demais em busca de justificativas. Ainda assim, mantém-se o brilho da produção de Burlamaqui, que tem espaço para desfechos surpreendentes para cada um dos personagens.

Origem do grupo Facção Central

Facção Central é considerado o grupo de gangsta rap mais pesado do Brasil
com letras que falam sobre o crime, trafico, assaltos, sequestros e assassinatos.
resumindo fala a realidade,o grupo teve inicio em 1989, facçao central teve musicas censuradas como "isso aqui é uma guerra" o grupo foi caçado pelo governo e teve musicas proibidas em radios e televisao na epoca, e tambem ocorreu até a prisão dos integrantes pelo conteudo violento segundo a justiça brasileira,
foram presos por apologia ao crime

Mesmo com a censura e ameaças de policiais o Facção Central permaneceu forte diante dos casos, as musicas do Facção Central ainda permanecia intactas, com  ideias , letras de alta realidade, sem ilusoes da midia e farsas do sistema, isso que causou espanto no meio deles, por isso o facçao foi caçado  


 Dum Dum , Erik 12 e Eduardo
fotos do facção central


foto antiga do facçao central

frases letras do facção central 







Discografia

1993 - Familia Facção
1995 -Juventude de atitude
1998 - Estamos de luto
1999 - Versos sangrentos
2001 - A Marcha Funebre prossegue
2003 - Direto do campo de exterminio
2006 - O espetaculo do circo dos horrores

integrantes das primeiras formações: 

Eduardo
Erick 12
Jurandir
Dum Dum
Nego (mag)
Garga
DJ Marquinhos
J-Arias
Smith

integrantes atual:

Dum Dum 
Moyses
Bihel
Dj Binho

Em 2013 Eduardo relatou que nao faria mais parte do facçao central, mas o rapper Dum Dum em uma entrevista disse que Facção Central nao acabou

Eduardo o ex-vocalista e compositor do Facçao escreveu um livro
"A Guerra Não Declarada Na Visão de Um Favelado"
aconselho a todos ler o livro do mais autentico compositor e rapper que ja existiu no brasil

Surgimento do grupo de Rap Nacional Racionais Mc´S

O Racionais MC’s é um grupo brasileiro de RAP que surgiu no final dos anos 80. Antes da formação eles gravaram em 1988 duas faixas na coletânea “Consciência Black”: “Pânico na Zona Sul” e “Tempos Difíceis”.
Formado por Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e DJ KL Jay, respectivamente Zona Sul e Zona Norte, eles impressionaram de imediato com a realidade de suas letras nas quais narram a dura vida de quem é negro e pobre no Brasil. O discurso dos rappers tem a preocupação de denunciar o racismo e o sistema capitalista opressor que patrocina a miséria que está automaticamente ligada com a violência e o crime.
Em 1991 eles lançaram seu primeiro álbum, “Holocausto Urbano” (Selo Zimbabwe Records), e que aos poucos foi conquistando seus ouvintes. Nessa época trabalharam com shows por toda grande São Paulo e interior do estado. Receberam prêmios, como os de melhor conjunto de RAP do ano e conjunto revelação. Também fizeram dois shows na FEBEM e tiveram participação especial no show de Public Enemy no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista.
Em 1992, deram um importante passo ao fazerem palestras a alunos e professores em escolas públicas, num projeto criado pela Secretaria da Educação intitulado “RAPensando a Educação” no qual se discutia a violência policial, racismo, miséria, tráfico de drogas, enfim, o cotidiano da periferia. O Projeto repercutiu bem, principalmente nas comunidades em que as palestras aconteceram, e com certeza, mudou a perspectiva de vida de muitas pessoas.
Depois veio o segundo disco (desta vez um disco mix), intitulado “Escolha o seu Caminho”, com as poderosas faixas “Voz Ativa” e “Negro Limitado”, que fortificaram ainda mais a proposta do grupo. Neste mesmo período, foram a atração principal no Concerto de RAP que houve no Vale do Anhangabaú (RAP no Vale).
Em 1993 participaram do Projeto “Música Negra em Ação”, no Teatro das Nações. O evento contou com a realização e participação de importantes nomes como: Toninho Crespo, Thaíde e Dj Hum. O Racionais MC’s participaram também de muitos shows filantrópicos em ajuda a doentes de Aids e Campanhas do Agasalho e Contra a Fome realizadas em Quadras de Escolas de Samba e Ginásios de Esportes. O grupo foi um dos organizadores na passeata feita por jovens negros em protesto à data 13 de maio (Libertação dos Escravos). Participaram de pedágios ao ar livre, promovidos pela rádio 105 FM em praças e locais públicos sempre praticando o discurso social de suas músicas.
Mas a concretização do sucesso total veio no final de 1993, com o lançamento do 3º disco, “Raio X Brasil”, que teve festa de lançamento na Quadra da Rosa de Ouro, com mais de 10 mil pessoas, parte do show foi feito com banda ao vivo.
Daí para frente, a metralhadora não parou de disparar as músicas “Fim de Semana no Parque” e “Homem na Estrada”, que são verdadeiros hinos nas periferias brasileiras.
Em 1997, com seu próprio selo Cosa Nostra, lançaram o Cd “Sobrevivendo no Inferno”. No ano seguinte foram os vencedores do Vídeo Music Brasil, promovido pela MTV, recebendo os prêmios Melhor Grupo de RAP e Escolha de Audiência.
Em 2002, lançaram o álbum duplo “Nada Como Um Dia Após O Outro Dia”. Em abril de 2004, realizaram um show no Sesc Itaquera com a participação do mestre Jorge Ben Jor para a gravação do DVD recém lançado em março/2007 – “Mil Trutas Mil Tretas”, nos extras da obra existe um documentário sobre os bailes de black music de São Paulo produzido por Mano Brown.
Em 2009, o grupo recebeu o prêmio Hútuz, criado pela Central Única das Favelas – CUFA na categoria Melhores Artistas da Década. Em 2012, o Racionais MC’s lançaram o videoclipe de “Mil faces de um homem leal” (Marighella), que recebeu o prêmio de melhor videoclipe do ano no Vídeo Music Brasil. Nesta edição do prêmio, os Racionais MC’s fizeram um show de encerramento do VMB 2012. Este clipe entrou na lista de várias publicações como um dos melhores do ano pela qualidade e conteúdo social.
Ao longo de 2014 o Racionais MC’s pretende lançar seu site oficial assim como já fez com seu canal do Youtube, o Racionais TV em 2012 e os perfis no facebook em 2013. Através deste site os fãs poderão acessar toda a história do grupo que este ano completa 25 anos de estrada.
E para comemorar esses 25 anos de estrada o Grupo fará uma turnê comemorativa por todo o Brasil.
Via: Site Oficial Racionais Mc´s 25 anos